Cirurgia refrativa com Excimer Laser: LASIK

Como é o LASIK?

Lasik ou Laser-assisted In Situ Keratomileusis é uma cirurgia a laser para correção dos erros refracionais (miopia, astigmatismo e hipermetropia), proveniente da técnica descrita por Barraquer, na Colômbia, como ceratomileusis, na década de 50 e vem se aperfeiçoando desde então.

No Lasik primeiramente são instiladas algumas gotas de colírio anestésico nos olhos a serem operados. O paciente ao entrar na sala se deita em uma cama acoplada ao aparelho Excimer Laser. Em seguida é colocado um tampão em um dos olhos (o que não será operado neste primeiro momento) e um adesivo, no olho a ser operado, para a manutenção do olho aberto. Feito isto, o cirurgião criará um FLAP da córnea.

O flap do Lasik é realizado com um aparelho automático preciso chamado microceratótomo, que após manter o olho imóvel com vácuo realiza um micro corte pediculado de aproximadamente 1/4 a 1/3 da córnea. Cria-se um FLAP que é levantado para atuação do laser na porção imediatamente abaixo dele.

Neste momento importante, o cirurgião posiciona o paciente na “mira” do Laser, devendo o paciente ficar olhando firmemente em um “borrão” vermelho que estará à sua frente até o fim da cirurgia, com os dois olhos normalmente abertos.

O Laser no Lasik atua da seguinte forma, de uma maneira geral:
Correção da MIOPIA o Laser retira tecido da porção central da córnea, aplanando-a nesta região. Isto implicará numa diminuição do poder de convergência da córnea, empurrando o foco em direção da retina.
Correção da HIPERMETROPIA, o Laser retira tecido na periferia da córnea, aumentando sua curvatura final. Isto implicará num aumento do poder de convergência da córnea, trazendo o foco para a retina.
Correção do ASTIGMATISMO, o Laser remove tecido em determinadas áreas para igualar as curvaturas corneais.
No Lasik após a rápida atuação do Laser, o cirurgião lava delicadamente o flap e a área onde o Laser atuou, em seguida reposiciona o flap que “cola” sozinho e demora em média 6 meses para a cicatrização completa. Para cada olho a cirurgia dura em média 7 minutos.

Em geral, coloca-se um protetor ocular e o paciente é reavaliado no dia seguinte, dando início a um sistemático seguimento pós-operatório da cirurgia refrativa pela técnica do LASIK. Colírios são indicados por alguns dias e deve-se evitar atividades que possam expor ou traumatizar o olho.

O LASIK oferece recuperação visual mais rápida, menos visitas pós-operatórias, menos uso de medicações e é praticamente indolor.Na cirurgia refrativa pela técnica do LASIK podem ser operados os dois olhos no mesmo ato cirúrgico. Às vezes, uma reoperação pode ser necessária para alcançar os melhores resultados. A orientação preconizada é que as cirurgias de Lasik devem ser feitas em pessoas com faixa etária acima dos 20 anos, e num momento em que o grau deve estar estabilizado. Ainda não são recomendadas tais técnicas em gestantes ou pacientes com outras doenças oftalmológicas e pacientes em uso de alguns tipos de medicação.

Ainda em estudos, está a aplicação da técnica do Lasik para a correção da presbiopia, popularmente chamada de “vista cansada”, que ocorre usualmente entre os 40 e 50 anos de idade.

Nos últimos anos, a cirurgia refrativa tem passado por importantes aperfeiçoamentos e melhorias dos equipamentos de laser para minimizar efeitos indesejados e ter maior controle dos objetivos esperados. Porém, vale ressaltar que está sujeita a complicações de gravidade variada durante e após a intervenção como qualquer outra técnica cirúrgica, pois cortar um tecido humano gera naturalmente resposta de cicatrização para que este tecido seja reparado. Na cirurgia refrativa, em geral, ocorre uma cicatrização normal, sem deixar seqüelas.
Em uma pequena parcela de casos de LASIK pode haver uma reação cicatricial que pode resultar em perda de função visual. A complicação mais comum do LASIK é a correção em excesso ou então incompleta do erro de refração.
A cirurgia por raio laser passa por avanços consecutivos e os progressos ininterruptos nos últimos anos, em especial no final dos anos 90, buscam oferecer uma segurança bastante grande e um número cada vez maior de pessoas são beneficiadas com as cirurgias refrativas em todo o mundo.

No entanto, um estudo pormenorizado de cada caso com o oftalmologista torna-se imprescindível para sanar dúvidas e especialmente poder atuar diante de expectativas realistas e um completo entendimento dos benefícios e riscos dessas intervenções.

Pós-operatório da Cirurgia Refrativa

A recuperação visual é freqüentemente rápida após o LASIK, sendo um pouco mais demorada no PRK.

Em um ou dois dias a grande maioria dos pacientes submetidos ao Lasik enxergam bem. A recuperação visual depende entre outras coisas da cicatrização corneal, do seguimento das orientações médicas, da cooperação do paciente durante o procedimento e do tamanho do erro refracional. Quanto maior for o grau, um pouco mais demorada será a recuperação visual. Em geral, míopes se recuperam mais rapidamente que hipermétropes e, pacientes sem ou com astigmatismos pequenos também se reabilitam mais rapidamente que os portadores de graus moderados e altos.
Na imensa maioria dos casos o paciente vai para casa sem nenhum tipo de tampão, em pouquíssimos casos de Lasik é necessário o uso de uma lente de contato terapêutica para uma maior segurança no pós-operatório, que é geralmente retirado no 2º ou 3º dia de pós-operatório. O paciente utilizará alguns colírios de antibiótico e antiinflamatório por em geral 10 dias.
No PRK a lente de contato terapêutica poderá ser necessária por mais uma semana, e aos colírios, por mais de 30 dias. É necessária a utilização de óculos escuros com proteção ultravioleta em ambientes externos, até a cicatrização completa da córnea. Outras recomendações médicas serão entregues por escrito no fim da cirurgia.
Os efeitos colaterais são, na sua grande maioria, relacionados ao lacrimejamento, sensibilidade à luz aumentada, ressecamento ocular discreto, ardor e sensação de areia nos olhos que duram em média 5 horas.
Uma diminuição da acuidade visual em ambientes mais escuros e a visão de halos ao redor das luzes podem ocorrer e estão mais relacionados a pacientes que possuam uma pupila maior que o da população em geral e em pacientes com altos erros refracionais.
Os retornos se darão no 1º, 7º, 30º dias pós-operatório, salvo alguns casos especiais, e em seguida será de acordo com a avaliação médica especializada.

Possíveis Complicações

LASIK é um procedimento conhecido mundialmente pela sua eficácia, segurança e previsibilidade. Entretanto, existem riscos presumidos, estatisticamente comprovados em literatura mundial especializada. Entre os principais estão:

1) Grau Residual (1-8 % dependendo do erro refracional)
Em alguns casos como erros refracionais altos, não cooperação durante a cirurgia, não seguimento das orientações médicas, defeitos de cicatrização apesar do seguimento das orientações médicas entre outras causas, pode ocorrer um grau residual que freqüentemente é muito menor que o preexistente e pode ser tratado no futuro, geralmente com uma reoperação a Laser.

2) Infecção (< 1% )
A infecção é possível em qualquer procedimento cirúrgico, até mesmo em pequenos cortes que sofremos na pele, e dependendo do procedimento, a incidência é maior ou menor.
Neste tipo de cirurgia podemos dizer que é rara, porém é em geral grave, e precisa ser diagnosticada e tratada precocemente para uma melhor recuperação visual.

3) Relacionados à confecção do Flap (< 2% )
Olhos com formato muito diferente, fronte proeminente, não cooperação do paciente, e dependedo do microceratótomo e da habilidade e experiência do cirurgião são os principais fatores neste tipo de complicação.
A grande maioria das dificuldades encontradas na confecção do FLAP são resolvidas com pequenos ajustes intra operatórios.
Neste tipo de complicação o microceratótomo pode, por diversos fatores, confeccionar um FLAP incompleto ou total (sem pedículo), e dependendo do que acontecer neste momento, o cirurgião poderá continuar normalmente a cirurgia ou abortar a aplicação do Laser, reposicionar o FLAP, colocar uma lente de contato terapêutica por alguns dias, esperar a cicatrização (em média 2 meses) e realizar a cirurgia normalmente.

4) Crescimento epitelial na interface (< 2% )
Células epiteliais podem migrar pelas incisões do FLAP para a interface, ou seja, logo abaixo do FLAP, ocasionando alguns problemas que podem diminuir a acuidade visual.Este tipo de complicação é mais comum em pacientes que realizaram LASIK e que já se submeteram, previamente, à ceratotomia radial, uma técnica cirúrgica mais antiga para correção de erros refracionais através de cortes corneais.

5) Dobras no Flap (< 1% )
Ocasionalmente podem ocorrer dobras ou enrugamento do FLAP durante o processo de cicatrização. Em poucos casos, é necessário um novo reposicionamento do FLAP. O cirurgião levanta novamente o FLAP com um espátula e o reposiciona.

6) Inflamação da Interface (< 1% )
Na maioria dos procedimentos de LASIK há um processo de inflamação da interface, que é normal como parte de um processo de cicatrização qualquer do corpo humano. Esta inflamação é usua
lmente auto-limitada e controlada com colírios prescritos. Alguns pacientes apresentam um aumento desta inflamação e precisam de um acompanhamento mais de perto, podendo este processo interferir no resultado cirúrgico final.

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